para pensar, agora que é Natal

Só porque acho que devemos parar um bocadinho para olhar à volta, em vez de andarmos consumidos com as lâmpadas e os Pais-Natal-anões-pendurados-nas-janelas!


alerta, alerta... amarelo!



No fim de semana, como tenho um pouco mais de tempo, perco um par de minutos com as notícias (sim, devia ser mais amiúde, mas é o que se arranja).
Este fim de semana descobri que a protecção civil, ou melhor, a Autoridade Nacional de Protecção Civil, decretou o alerta amarelo devido ao vento e chuvas fortes previstos.

Acho bem, de facto nestas coisas mais vale prevenir e tentarmos estar preparados para qualquer eventualidade...



No entanto, a cobertura noticiosa deste "alerta amarelo" é qualquer coisa de... parva!
É que se olharmos para a forma como isto é noticiado, ficamos com a ideia de que ai vem o fim-do-mundo-em-cuecas e mais vale não sair de casa, abater umas árvores para trancar todas as janelas e abastecer bem a despensa, para sobreviver aos tempos de desgraça.

Desde que ouvi isto nas notícias que espero ansiosamente que passem pela janela do 5º andar onde vivo um pinheiro bravo, duas vacas e um renault5... Já vamos nas 17h30m de domingo e, até agora, nada! Nem chuva, nem neve, nem vento... Nada!

Confesso-me desiludido!

nostalgia(s)



Este post vem a propósito de uma petição já antiga que anda por aí, a pedir um reunião dos Censurados para um último concerto.

Por mim marcava o meu lugar!

Escusado será dizer que os Censurados marcaram um belo momento da minha vida! Estava eu a chegar ao 10º ano (pois, foi há uns tempos), quando me chegou uma cassete pirata e mal gravada desta banda de punk-rock português... Na altura o som era mesmo à frente, e a cassete rodou, e rodou, e rodou...
A malta tocava Censurados, a malta cantava Censurados, enfim a malta vibrava com os Censurados.
A seguir vieram os Mata-Ratos com o Rock Radioactivo e a loucura continuou, para infelicidade da minha mãe, que tinha que gramar comigo a cantar aquilo todo o dia!

Agora encontrei esta petição e não consegui ficar indiferente... Acho que se eu governasse uma rádio-nostalgia-qualquer, passaria muitas destas músicas! Aqui fica um cheirinho.






ah, valentes!


"Sabe-se que as viaturas envolvidas eram dois carros descaracterizados de alta cilindrada que seguiam em alta velocidade e que o embate projectou uma das viaturas contra um semáforo e uma placa publicitária." Fonte: Público

Tenho andado cá com uma inquietação desde 6ª feira...


É que parece que duas viaturas oficiais do Estado (a do Secretário Geral do Sistema de Segurança Interna e a do Presidente da Assembleia da República) chocaram na Avenida da Liberdade.

Parece também que seguiam um bocadinho acima dos limites de velocidade impostos por lei e em marcha de urgência, sem motivo aparente, porque... Bem, porque são viaturas do Estado, logo podem!

Apetece-me ver a estória assim:
- Pai acelera - diz o puto, no banco de trás -, liga os quatro piscas e dizemos que estás em marcha de urgência...
- Não pode ser filho - responde o pai - achas que estamos num carro do Estado ou quê?!
- Mas - interroga a criança - os carros do Estado não seguem a mesma lei que nós?
- Um dia vais crescer e deixar de ser ingénuo... Um dia...
Há um período de silêncio.
- Pai, posso ser político quando for grande? - pergunta o miúdo.
- Ah, valente!! - responde o pai.

Já agora, é giro verificar que, na maior parte dos serviços noticiosos,
o alegado excesso de velocidade não é referido!
Humm, será do Guaraná??
Contudo é óbvio que tenho inveja...

depeche mode - pavilhão atlântico

Espectacular!

É o que me ocorre dizer sobre aquilo que os Depeche Mode fizeram no Pavilhão Atlântico.
Já aqui tinha dito que o novo álbum não me desiludiu, e agora é altura para dizer que o concerto muito menos!!

Já antes tinha visto esta banda, neste mesmo local... Desta vez foi ainda melhor, o que, de algum modo, me faz pensar no vinho do porto...

Cada vez melhores, com momentos de arrepiar! E as maleitas sonoras de que este pavilhão padece até sairam bem disfarçadas, muito bem disfarçadas...

vai-se andando

Há já uns tempos (desde que o grande Raul Solnado morreu) que ando por aí a dizer que o melhor actor cómico português vivo é o José Pedro Gomes.

Foi, por isso, com grande expectativa que fui ao Casino Lisboa ver a Vai-se andando... Deram-se umas boas gargalhadas - e quem me conhece sabe que gosto de gargalhar - mas no final ficou aquele gostinho amargo do "jááá?"!

E não, infelizmente a sensação não foi de "jááá? e eu estava a gostar taaanto...", mas sim de "jááá? mas ainda não teve a piada que eu estava à espera!!!"

É que, apesar de ter um par de momentos muito, muito bem esgalhados, no geral a peça desiludiu!

Para quem estava habituado às crónicas do José Pedro Gomes na TSF, à Conversa da Treta, ao Coçar onde é preciso... Ficou aquém, bastante aquém...

rammstein - pavilhão atlântico


Foi há uma semana, no passado dia 8, que os Rammstein começaram a sua tour mundial... Decidiram começar por... Portugal!!

A expectativa era mais que muita, uma vez que a banda esteve quase para acabar há uns tempos (do último álbum nem houve tour) e sabia-se muito pouco sobre o que a banda alemã tinha preparado para nos surpreender...
Convém lembrar que foram estes senhores que, em tempos já idos, deixaram a malta de boca aberta quando o seu vocalista entrou em chamas no palco do Garage... Em tempos já idos, há muito muito tempo, ainda eu tinha cabelo!!

Mas vamos ao que interessa: o concerto de domingo!
Para variar o som no pavilhão atlântico estava mauzito. No meu entender alguém (tipo ASAE ou assim) devia proibir os espectáculos naquela sala enquanto a mesma não fosse realmente terminada de acordo com o projecto inicial!
Apesar disso, chateou-me perceber que, no último concerto que estes senhores deram neste famigerado pavilhão, o som estava bem melhor!!

Mas...

Rammstein é Rammstein!!
Em palco estes senhores (+ a sua produção) são capazes de continuar a deixar-nos boquiabertos com o espectáculo de luz, cor, fogo pirotécnico... que nos dão. Não desiludiram desta vez.

Entre os espectadores notava-se isso mesmo, além da fauna ser diversificadíssima, havia uma espectativa enorme em torno da entrada que eles iam fazer no palco e todos comentavam alguns cabos, colocados aqui e ali, em tentativas de adivinhar o que iria acontecer...

Foi muito bom!
Quem dá concertos ao vivo tem muito a aprender com aquilo que estes senhores nos trazem da Alemanha!

magna desilusão, na aula magna


O inesperado (inesperadíssimo) aconteceu!!
Foi no concerto de Peter Murphy na aula magna, no passado dia 31 de Outubro...

A expectativa era enorme, tendo em conta:

o historial deste fabuloso ex-Bauhaus;
a forma como, em palco, está como peixe na água;
o facto de conhecer os seus concertos e saber que costumam ser muito bons...
e, principalmente,
o facto de ser na aula magna, uma sala com uma acústica brutal!!

E...

Não foi excelente!

O som estava uma treta (MESMO) e o espectáculo mais parecia um ensaio geral para o que iria ser, mais tarde, o concerto a sério! Demasiadas coisas correram mal, mas isso pode perdoar-se. O que nem sequer quero pensar em perdoar é o facto de o som ter estado tão mau.
Se não conhecesse a sala, ainda podia tentar aceitar, mas... ASSIM NÃO!


fiquei aborrecido!

monarquia(s) estacionística(s)

O nosso sistema de gestão de estacionamentos é uma monarquia!

Temos um rei-do-estacionamento (a EMEL), que consegue ganhar legitimidade sobre qualquer lugar de estacionamento na cidade de Lisboa! Desta feita, ainda que sempre tenhamos lavado um determinado lugar de estacionamento com uma bela esfregona vileda e o tenhamos mantido sempre impecável (de tal modo que o mordomo do sonasol pudesse lá passar o seu exigente algodão), assim que estes senhores por lá passam e colocam uma máquina, o lugar passa a ser deles. Sim, isto é tudo o que eles têm que fazer: chegar ao local e espetar uma máquina no chão.
- Ah, mas não são eles que criam os lugares?
- Não, os lugares já lá estavam!!

É por isto que tenho um plano secreto (pouco secreto, entenda-se) de raptar os reis da monarquia-do-estacionamento e, através do recurso a torturas indescritíveis (como obrigá-los a assistir a compactos com a Teresa Guilherme, alternados com a Júlia Pinheiro), conseguir que assinem uma carta de alforria onde abdicam de todos os lugares de estacionamento do universo!
Ora tomem!


Que tal??

liebe ist für alle da

ou
"o amor é para todos" (mais ou menos) ou, "o amor anda ai para todos", ou ainda, se quisermos dar um toque português à tradução e ir além do que o original diz, "o amor quando nasce é para todos"...

É o novo dos Rammstein, e, apesar de ainda não ter estar oficialmente à venda nos locais habituais (a data de lançamento em Portugal está marcada para 19 de Outubro), quem tiver uma ligação à net e um palminho de testa já o consegue encontrar nos locais do costume!

Custa-me dizer isto, mas acabei agora de ouvir o álbum pela primeira vez e... desilude um bocado!
Não por ser mau, nada disso! Desilude porque cheira a mais do mesmo, e não há grande inovação naquilo a que nos habituámos por parte desta banda alemã.

Claro que, tal como o resto da produção desta banda, dá gozo ouvir este álbum.

Claro que, se eles mudassem muito provavelmente estaria aqui a dizer que tinham perdido a identidade e vendido a alma à indústria!

Mas a verdade é que esperava mais, até porque a ausência dos palcos assim o exigia (não houve tour do último álbum)... E os vídeos promocionais prometeram muito:







Com tudo isto, só me falta dizer o óbvio: assim que for posto à venda, vou a correr adquirir a minha cópia, claro!

juventude(s)

Nunca fui de embarcar naquelas querelas-de-cota que profetizam a desgraça com o mote: "a juventude está perdida", ou "isto no meu tempo não era assim", ou outras coisas do género...

Até porque sei que há já muito tempo que dizem que a "juventude está perdida"... Se fosse mesmo verdade, com esta tendência para sermos cada vez piores há mais de 4000 anos, não teríamos já batido no fundo?


Ora vejamos:
“O nosso mundo atingiu um estado crítico. As crianças já não dão ouvidos aos seus pais. O fim do mundo não pode estar muito longe.” (Sacerdote egípcio, 2000 a.C.)

“Esta juventude está podre no fundo do coração. Os jovens são maus e preguiçosos. Nunca serão como a juventude de outros tempos. Os de hoje não serão capazes de manter a nossa cultura.”(Inscrição em cerâmica encontrada nas ruínas de Babilónia, 2000 a.C.)

“Não tenho nenhuma esperança quanto ao futuro do nosso país, se a juventude de hoje tomar o poder amanhã, porque esta juventude é insuportável, sem comedimento, simplesmente terrível.” (Hesíodo, 720 a.C.)

Portanto dificilmente a juventude estará "perdida". O que se passa é que enquanto houver gerações diferentes, haverá o chamado "choque de gerações", que, obviamente, não é diferente do que se passou com os macaquitos que lavavam tubérculos...

Claro que depois olho para a moda das calças-abaixo-do-rego-do-cu e penso... Bem, a juventude pode não estar perdida... Mas, mais cedo ou mais tarde, vão perder as calças!!

Mote: "ESTILO", Mão Morta - Nús

rammstein... back!

Foi há umas horas que os Rammstein disponibilizaram o vídeo do novo single, 'pussy'... É para maiores de 18 e... ainda estou sem palavras!!!

mas estou certo de que não passará na MTV...

gritarias

Acabei de assistir, na TVI24 a um debate (?) com os candidatos à câmara municipal de Oeiras (o município onde se integra a freguesia onde vivo)...
Se debate supõe troca de ideias, aquilo sim, foi um exemplo... Um MAU exemplo!
Assistiu-se a uma discussão (no dicionário, o termo adequado deve ser 'peixeirada') acesa entre os candidatos na qual estes não se imiscuíram de gritar, atropelar, interromper, desrespeitar, enfim, gostei imenso!

Só não sei se posso chamar 'debate' ao que ali se passou...
Pareceu-me uma gritaria dogmática!



E.F. - um dogma é algo que consideramos verdadeiro acima de qualquer contestação, ou que nos recusamos a debater... Mais ou menos o que cada um dos candidatos defendeu, o SEU dogma, perfeito, incontestável, irrefutável...

música?

sobre o kuduro: que dizer de um género musical cujo termo identificativo se reporta ao nadegueiro?

Só me ocorre isto:
É música de m****!!

inglourious basterds

Mesmo sem estar à espera, consegui ir ao cinema. Já não ia há tanto tempo...

Mr. T., back on stage!
Depois de uma ausência que, aqueles que GOSTAM deste tipo de cinema, sentiram como demasiado longa (porque esses sentem sempre), e depois de uma experiência pelo mundo das homenagens (com Death Proof), o Sr. Tarrantino está de volta.
Chama-se Inglourious Basterds, e circula à volta do mundo nazi e do misticismo de um improvável grupo de assassinos de nazis...
Mais não conto! Mas aconselho... isso sim.
É uma delícia!


inevitável

Uma notícia triste trouxe-me - inevitavelmente - à memória uma música bem antiga:
Jorge parou
os ponteiros da vida
mergulhando os olhos
no mar de água fria

conspirações

Encontrei aqui uma teoria da conspiração de acordo com a qual o Paul MacCartney morreu em 1966 e foi substituído por um fulano, parecido, mas sem talento! Fazem uma comparação exaustiva (como é próprio de qualquer teoria da conspiração que se preze) recorrendo a fotos "dos dois"... Gostei!
Principalmente porque este Paul nunca me convenceu e quando o ouvi cantar aquela cena dos sapos (acho que se chamava We All Stand Together) pensei "aqui há gato", ou sapo, ou o que for, mas talento(?)... nããã!!

previsões

Prevejo (sem falar com a Maya), que vai ser editado um álbum com músicas-que-o-Michael-Jackson-tinha-estado-a-gravar-mas-que-nunca-foram-editadas, no fim de Novembro (para dar tempo até ao Natal)... "Le roi est mort, vive le roi!"
A ver se me engano!

ah, bons tempos...

Tempos houve em que no bar novo, na faculdade de letras, tudo parava para ver o Dragon-Ball...

E... tempos houve em que os Cebola Mol estavam em todo o lado, graças a Deus, e nós... sorriamos!
Agora anunciam um álbum intitulado: O fim dos Cebola Mol
Nas palavras do grande Eddie Stardust (Eduardo Madeira): "Podemos lançar outros a seguir, mas este é o último. Já está despachado."
Já para Phil Stardust (Filipe Homem Fonseca): "Não sei explicar porque é que as pessoas ficam contentes a ouvir as nossas ‘quase-músicas’".

Aqui fica, para matar saudades...
Songoku

ainda pulsa...

Por todo o lado nos aparece a notícia: Michael Jackson morreu!
Ninguém esperava que o homem que pretendia ficar para sempre jovem deixasse este mundo precisamente no momento em que se preparava para voltar aos palcos. Quer se gostasse ou não do tipo de música que este senhor fazia (sinceramente nunca fui grande fã, apesar de gostar de algumas músicas), convenhamos que era "um artista"... dos verdadeiros! Passou grande parte da sua vida a proteger o seu corpo de quaisquer agressões exteriores, como se o corpo fosse tudo e, ao mesmo tempo, tão pouco... e... no final, o corpo falhou!
Não faço apologias dos mortos, nem tenho o hábito de andar por aí a dizer, assim que alguém morre: "ah, e tal, este era muito bom" (porque temos esta tendência parva para dar mais valor aos mortos que aos vivos)...
Mas
É claro que se ouvirmos uma daquelas músicas de Michael Jackson que deixa em nós um sorriso (sim, ele também tem disso), sentimos que... ainda mexe!


Apetece lembrar uma já velhinha, dos Titãs, com o mítico Arnaldo Antunes. É que... o pulso ainda pulsa... e o corpo ainda é pouco!


mais coisas online

Numa altura em que o país parece estar a calar-se dos dois lados dessa fronteira que tem vindo a separar professores e mi(ni)stério da educação... Veio ter comigo este vídeo. Como está engraçado e, ao que parece foi bloqueado no youtube, deixo-o aqui.

petição online

Ora aqui está uma petição online com piada.
Assino com um sorriso no rosto, apesar dos erros de português do texto da petição e de saber que estas coisas valem pouco mais que nada!

assinar
Pelo regresso dos míticos Manowar a Portugal!!

Assisti a um concerto desta malta no dramático de Cascais em 1994 (?) que foi qualquer coisa de fantástico... Até porque os Manowar não são uma banda qualquer, temos que recordar que, numa altura em que as coisas ainda estavam a começar, foram a primeira banda em que cada um dos membros assinou o seu contrato com o próprio sangue!

Agora um par de malucos-do-metal decidiu criar esta petição. Assino (apesar de ser para o Porto e de discordar do tom desta malta que se considera sempre posta de lado), nem que seja só pelo sorriso que isso provoca em mim... Oh, saudade!!


este mexeu lá dentro, e teve que vir para aqui

Recebi por email esta curta-metragem, e... teve que ser!
Acho que é para dedicar àqueles que, estoicamente, participam em campanhas nas quais não recebem o que quer que seja (excepto a sensação de dever cumprido), mas, independentemente de tudo o resto, continuam a fazer a sua parte!

ai o português, o português...

Hoje realizaram-se os exames de Português.
Parece que a coisa correu sem grandes sobressaltos pelo país fora. Ainda bem!

De acordo com uma notícia do Público, ontem, vésperas do exame de Português, aquele-que-ocupa-o-cargo-de-primeiro-ministro demonstrou mais uma vez que o estudo não tem sido o seu forte e... confundiu maioria absoluta com maioria parlamentar, dizendo que eram a mesma coisa.

Claro que não é obrigatório que um senhor cujo percurso académico é... o que é (!), seja obrigado a ser um mestre da língua portuguesa, mas pelo menos convém que saiba aquilo que com ele se relaciona directamente, pelo menos para saber o que pede à malta!

Ah, que saudades do Sócrates grego...

exames... espero que não se note!

O Público de hoje apresenta uma notícia com o título: "alunos enfrentam os exames num dos anos mais agitados nas escolas do país". Sinceramente, espero que não se note, pois há sem dúvida uma factura a pagar por um ano de instabilidade e descontentamento face à série de experiências (sim, porque é de experiências que se trata: a experiência de um regime de faltas que não lembra ao chifrudo; a experiência de um regime de avaliação da docência em função de critérios (quais?) no mínimo duvidosos, enfim... experiências) levadas a cabo pelo Ministério da Educação (ou mistério da educação). O que aborrece é que, como qualquer corrente tende a quebrar pelo elo mais fraco, quem acaba por pagar estas facturas são aqueles que menos têm culpa do desnorte que caracterizou este ano lectivo: os alunos!
Felizmente trabalho numa escola que (por ser privada) consegue manter-se mais ou menos alheada deste clima de instabilidade e, ao longo do ano, proporcionar aos seus alunos um ambiente de trabalho que, neste momento, lhes permita fazer face aos exames nacionais com algum optimismo.

Felizmente isto acontece na escola onde lecciono.


Infelizmente, isto não acontece no resto do país, e é por essa razão que espero que não se note, nos resultados destes exames, a quantidade de experiências que este ano se lembraram de fazer no ensino! No ano passado, a coisa resolveu-se com um exame de matemática... como dizê-lo... acessível (!), o que dá origem a uma bela peneira, com ornamentos pintados a ouro que, por um momento, até parece que tapa o sol... por um momento!

Bem, espero que não se note... muito!

a lei da morte

A frase é: "E aqueles, que por obras valerosas, se vão da lei da morte libertando".
Sempre li esta frase a pensar no adquirir da imortalidade através da obra, que persiste para além do autor... Mas... Na passada quarta-feira fui forçado ler Camões de uma forma um pouco diferente!

AC/DC
Uma banda que já anda por cá desde 1973 (é verdade, isso tudo) e que tem mantido exactamente o mesmo registo desde então. O guitarrista (o mítico Angus Young) parece não envelhecer: toca e dança exactamente da mesma forma que sempre fez. O vocalista (Brian Johnson) que continua a cantar exactamente com os mesmos tiques que lhe conhecemos desde que se juntou à banda em 1980... E por falar em 1980, foi nesta altura que surgiu aquele que para mim é O album desta banda: Back in Black, que ouvi vezes sem conta numa cassete (no tempo em que ainda existiam cassetes)...

A maravilha é que fui para o concerto a pensar em três faixas que me são particularmente queridas: Back in Black, You Shook Me All Night Long e TNT..., e eles tocaram as três!
Normalmente passados alguns anos, as bandas têm uma certa tendência para readaptar as músicas em função das tendências actuais. Os AC/DC não o fizeram. Tocaram estas três músicas do mesmo modo que há 28 anos e...
...
Continua a saber tão bem!!
Continua a mexer tanto com a malta!!
Continua a provocar em nós aquele sorriso!!

Dito isto e depois de um belo concerto em Alvalade, apetece-me interpretar Camões de outra forma: é que estes senhores, através de uma bela "obra valerosa" parecem mesmo libertar-se da morte... Porque estão cada vez mais novos!!

para dedicar

Hoje liguei a tv e (inadvertidamente, entenda-se) fui parar à TVI... Lembrei-me logo dos velhinhos Titãs.
A versão não é a original, mas o vídeo é mesmo ideal para dedicar a esse grande e maravilhoso canal de tv...



A televisão
me deixou burro
muito burro demais
Agora todas coisas
que eu penso
me parecem iguais

O sorvete me deixou gripado
pelo resto da vida
E agora toda noite
quando deito
é boa noite, querida...

Oh Cride, fala prá mãe
que eu numca li num livro
que o espirro
fosse um vírus sem cura
Vê se me entende
pelo menos uma vez
criatura!

A mãe diz pra eu fazer
alguma coisa
mas eu não faço nada
A luz do sol me incomoda
então deixa
a cortina fechada

É que a televisão
me deixou burro
muito burro demais
E agora eu vivo
dentro dessa jaula
Junto dos animais

Oh Cride, fala prá mãe
que tudo o que a antena captar
o meu coração captura
Vê se me entende
pelo menos uma vez
criatura!
Oh Cride, fala prá mãe

...

sociabilidade insociável

"[...] a sociabilidade insociável dos homens, isto é, a sua tendência para entrar em sociedade; essa tendência, porém, está unida a uma resistência universal que, incessantemente, ameaça dissolver a sociedade. Esta disposição reside manifestamente na natureza humana. O homem tem uma inclinação para entrar em sociedade, porque em semelhante estado se sente mais como homem, isto é, sente o desenvolvimento das suas disposições naturais. Mas tem também uma grande propensão para se isolar, porque depara ao mesmo tempo em si com a propriedade insocial de querer dispor de tudo a seu gosto e, por conseguinte, espera resistência de todos os lados, tal como sabe por si mesmo que, da sua parte, sente inclinação para exercer a resistência contra os outros (...), os seus congéneres, que ele não pode suportar, mas dos quais também não pode prescindir."
Immanuel Kant, Ideia de uma história universal com um propósito cosmopolita

Kant escreveu este texto em 1784, e surpreende-me, ao olhar em volta para a sociedade (da qual também sou sócio), o quanto esta idéia de sociabilidade insociável é actual e perfeitamente aplicável àquilo que se tem passado nos últimos dias.
De facto não nos suportamos, mas também não podemos prescindir uns dos outros! De facto queremos regras que se apliquem a todos, mas procuramos sempre uma excepçãozinha para nós! De facto temos um lado social, mas temos também uma tendência enorme para minar e destruir a sociedade.

Agora voltando aos desacatos da Bela Vista (juro que estava a tentar não voltar a este assunto), hoje soube que a câmara tem por receber milhares de euros de rendas daquelas habitações sociais que nunca foram pagas pelos moradores. Algumas rendas têm valores de 3€ (não, não me enganei, são 3€ mesmo)!!

Kant sabia mesmo do que falava!

bela vista

No ano em que dei aulas em Setúbal (2000/2001), estive no bairro da Bela Vista duas vezes. Na primeira vez andávamos perdidos (eu e o meu colega, um grande amigo…) e à procura daquela que seria a nossa casa para esse ano. Perdemo-nos e acabámos num bairro onde decidimos parar para pedir informações. Quando olhamos para o carro estacionado ao nosso lado, reparámos que estava carregado de pequenos buracos redondos. Balas! A seguir percebemos que à nossa volta havia uma série de olhares que nos fixavam sem medo. Saímos dali assim que possível, porque não nos sentíamos bem.

Ouvi muitas vezes falar no bairro da Bela Vista, do tráfico de drogas que lá havia, da quantidade de armas que por lá andavam, de como nós, novos na zona, não queríamos ter problemas com a malta lá do bairro…

Na semana que passou voltei a ouvir falar do bairro da Bela Vista e não foi pelas melhores razões, outra vez! Ao que parece a polícia (ou a bófia, ou como for) alvejou uma pobre criança que disparava contra eles… Depois começou a violência, contra a polícia… Como se estivéssemos de regresso àquele velho oeste do ‘olho por olho’…!

A seguir começaram a levantar-se as vozes de sempre: “ah, e tal que a exclusão social isto e aquilo”; “ah, que este tipo de problemas é de muito difícil solução”. No fim veio o argumento de que mais gostei, porque parvo: “ah, que a polícia não pode agir desta forma e disparar contra as crianças…”

Como??

“Ah, que a polícia não pode agir desta forma e disparar contra as crianças…”

Como??

Depois desta alarvidade mágica é inevitável imaginarmos a solução alternativa (apesar de, em termos lógicos, correr o risco de criar um raciocínio falacioso): ora se a polícia não pode responder quando lhes disparam, resta-lhes a hipótese de levar tiros destas…, “crianças” de arma em punho! Mas por outro lado, se assim é, para que raio serve a polícia? Para o tiro ao alvo desta malta?

Há já uns tempos que penso que as políticas sociais que temos vindo a seguir estão desajustadas, mas é mais do que certo que não é a incendiar os carros dos outros, nem a apedrejar os bombeiros, que trazemos justiça social ao país!

crise?? onde?

Diz o povo, na sua infinita sabedoria:
"quem parte e reparte,
e não fica com a melhor parte,
ou é burro, ou não tem arte"

Ah, o povo sabe tantas coisas...
Numa incursão pelo site do jormal i li uma notícia que me deixou meio-abananado. O título é: "Políticos portugueses recebem o maior aumento da última década" (!!). A princípio fiquei incrédulo, afinal andamos em crise e a apertar o cinto e tal... Mas depois fui ler a notícia e descobri que o nosso Primeiro Ministro (nem sei porque escrevo isto com maiúsculas) vai ser aumentado em 161€ por mês... De acordo com o mesmo jornal, "os aumentos dos pensionistas são mais limitados"... Humm
Leio isto e penso:
'Mas o Presidente da República não mete mão nisto?'
Mais abaixo descubro que o salário do PR aumenta em 140€ (antes ganhava só 7415€) e concluo: 'de facto, o PR mete mão nisto!'

Continuo a ler e eis que me surge esta:
"Os titulares de cargos públicos têm ainda direito a um abono mensal para despesas, cujo limite pode chegar a 40% do salário no caso do Presidente, primeiro-ministro e ministros, ou de 25% no caso dos deputados."

Crise?? Onde?

back on stage...

Depois de muitos terem escrito verdadeiros epitáfios relativamente a estes senhores e de a banda ter sido dada como irremediavelmente desaparecida (o último álbum nem teve direito a tour), eis que os Rammstein se preparam para lançar um novo álbum e prometem passar por Portugal!
Será no próximo dia 8 de Novembro no pavilhão Atlântico. Lá estaremos, outra vez!

Aqui fica um cheirinho...

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críticos contrafactuais

O pensamento contrafactual pode caracterizar-se como uma situação em que:
"as pessoas elaboram simulações mentais de situações passadas, nas quais as coisas ocorrem de uma forma diferente daquilo que aconteceu na realidade. A alteração mental de resultados passados, presente nestes pensamentos, é uma reacção cognitiva a acontecimentos negativos ou a acontecimentos que não confirmam as expectativas."

Traduzindo: trata-se de uma forma de pensar em que procuramos adaptar o que acontece àquilo que pensamos (em vez de adaptar o nosso pensamento à realidade).
Ao ler as críticas que determinados semi-deuses rabiscam nos jornais, nos blogues, enfim, onde quer que lhes dão espaço para parirem os resultados da sua bílis (porque para algum lado tem de cuspir fel), não consigo evitar a recordação do conceito de contrafactual.

Por exemplo, se uma banda lança para o mercado um novo álbum, as críticas seguem, tradicionalmente um de dois caminhos: (1) A banda não inova e mantém-se agarrada ao passado e o novo álbum é apenas mais do mesmo; (2) A banda perdeu a sua identidade e cedeu ao mercado MTV (são uns vendidos).
E RARAMENTE há lugar para o: mantiveram a sua identidade, fizeram um bom álbum apesar de não ser uma revolução no mundo da música.

É que anda a fartar-me esta malta que exige que cada banda se reinvente de álbum para álbum, e, quando isso acontece, dizem que estão a ceder ao mercado e à pressão das vendas e blá, blá, blá... Como se na verdade quisessem que a realidade se adaptasse à sua forma de pensar (por isso falam como quem diz verdades universais), mas isso não revelasse mais do que um medo de errar caso se comprometessem com uma crítica um pouco mais... positiva! 

Não só andam de olhos e ouvidos tapados, como insistem em procurar fazer com que o mesmo aconteça connosco!

ilusões & desilusões

Já ouvi o Amália Hoje, e confesso-me desiludido… A expectativa era alta, e quando assim é…
Esperava uma coisa noutra ordem, e afinal é apenas um álbum de The Gift, o que não é mau, mas sabe a pouco, para o que parecia prometer!


Por outro lado os Depeche Mode acabaram de lançar um novo álbum, chama-se sounds of the universe… Ainda estou a dissecar a coisa, de qualquer modo estes senhores não têm sabido desiludir, se bem que neste ponto tenho alguma dificuldade em fazer análises imparciais! Gosto!

a qualidade e o gosto

Sabendo que qualidade e gosto pessoal nada têm a ver, porque o segundo é subjectivo, mas a primeira nada tem de subjectividade, aqui fica a história.
Durante anos achei The Gift uma banda menor... Não conhecia e recusava-me a conhecer! Aquelas teimosias embirrantes que, ainda que cresçamos, continuamos a ter... Tal como quando éramos crianças...
Depois fui, meio contra vontade (arrastado por alguém que conhece muito bem a banda e principalmente o Nuno Gonçalves), a um concerto da banda e a minha opinião mudou. MESMO!
Hoje considero a capacidade criativa deste rapaz, mentor da banda, qualquer coisa de muito especial. Não consegue deixar de lado os seus critérios de qualidade e aprimora-se em tudo o que faz... Se olharmos para os arranjos de um album de The Gift à escolha, percebemos isso mesmo.
Há um par de semanas, perguntei ao tal Sr-que-me-levou-ao-primeiro-concerto-da-banda que andavam eles a fazer, caladinhos durante tanto tempo. A resposta: o Nuno está a trabalhar num projecto, Amália Hoje, em que se pretende apresentar um olhar diferente sobre algumas músicas celebrizadas pela Amália...
Nunca achei a Amália extraordinária (limitação minha, talvez), principalmente porque achava que não se percebia nada do que a senhora cantava e para mim o fado perde muito quando não entramos na letra. Sempre achei que, por exemplo, a Mariza é melhor do que a Amália alguma vez foi, muito embora aqui se trate apenas de uma questão de gosto... Mas o que é certo é que esta "grande senhora do fado" (Amália) cantou poemas fantásticos e excelentemente musicados.
Agora eis que aparecem os primeiros vislumbres do resultado deste trabalho em que o Nuno Gonçalves revisita a Amália através de vozes como as da Sónia Tavares (The Gift) ou do meu ex-colega de curso Fernando Ribeiro (Moonspell)... A julgar pelo single de apresentação, vem aí qualquer coisa... Qualquer coisa BOA!

princípio de Peter

Algures em 1969 o sr Laurence Peter saiu-se com uma tese segundo a qual, «nas organizações burocráticas estruturadas hierarquicamente, há uma tendência para que os funcionários sejam promovidos até ao seu "nível de incompetência"».
Por outras palavras, os funcionários vão trabalhando numa empresa e, devido à sua competência nas diversas tarefas, vão sendo promovidos até que, inevitavelmente, após a sua ascensão na carreira, atingem um nível para o qual não são competentes, mas que conseguem manter porque a despromoção não é um mecanismo habitual (afinal, se promovemos uma pessoa por mérito não podemos depois voltar a despromovê-la).
A consequência: nos cargos mais elevados temos pessoas que não são suficientemente competentes para os ocupar, mas que ficam lá, em prejuizo da empresa...
Penso no Peter e olho para o Canal Parlamento... Volto a pensar no Peter... Volto a olhar para o Canal Parlamento... ... Desligo a TV!

compaixão

Seguia Buda, um dia, o seu caminho,
Sob os raios de sol que o penetravam,
Quando avistou, deitado, um cão velhinho,
Com chagas, onde os vermes pupulavam.

E, com amor e fraternal carinho,
Limpou-lhe as chagas podres, que cheiravam
Tão mal! – livrando assim o pobrezinho,
Mendigo cão das dores que o matavam.

Mas, preocupado, continuou andando…
E lembrou-se dos vermes, que, ficando
Sem nenhum alimento, iam morrer.

E voltou junto deles; e um pedaço
De carne, ali, cortara do seu braço
E, abençoando-os, deu-lhes de comer.
Teixeira de Pascoaes, As Sombras


Apesar de provir do imaginário de Pascoaes, é um excerto demonstrativo daquela compaixão budista em que o sacrifício pessoal é considerado inferior à mais infima forma de vida, que nós, os civilizados do mundo novo, tendemos a considerar insignificante.

Era porreiro que nos contagiasse um pouco, esta compaixão...

pequeno nada (4)

Comprei algo que queria há tanto, tanto, tanto tempo!
... ...
Porque, no passeio que faz pela(s) odisseia(s) humana(s), nos mostra, ao mesmo tempo, aquela nossa face que olhamos com uma saudade desmedida, talvez porque é, de facto, a saudade daquilo que nunca tivemos... E, da forma como caminhamos, talvez nunca venhamos a ter!
O melhor filme de sempre!
(E pensar que cheguei a fazer testes com este filme... Se gostassem havia uma hipótese, caso contrário... andamento!)

vídeos

Porque, graças a um anúncio, voltei a lembrar-me desta música... Deparei-me com estes vídeos e pensei:
Será a Evolução?

Primeira versão de Mad World (dos Tears for Fears), e duas covers que escolhi, a primeira porque gosto da cover, a segunda porque gosto do vídeo. No fim, a versão actual, dos Tears for Fears, outra vez.

O primeiro (em 1982)


A cover do Gary Jules (mesmo boa)


A cover de Sara Hickman (vídeo giro)

Tears for Fears em 2005


Nunca me passou pela cabeça que um dia iria ter aqui uma música desta banda (ainda por cima numa data de versões), mas agora já está!

apetece-me dizer












O Papa voltou a exprimir a posição oficial da Igreja face ao uso do preservativo.

Qual é o problema?

Fê-lo num país assolado pelas DST's e onde propor a abstinência sexual como forma de prevenção é, claramente, o mesmo que olhar para o lado relativamente a uma realidade que se nos impõe a cada momento!

Qual é o problema?

O resultado prático mais provável é que as pessoas não usem o preservativo, nem se abstenham, e façam o que sempre fizeram com todas as implicações que isso continua a ter em termos de saúde...

Sim, mas qual é o problema?

O problema é que este tipo de atitude, demasiado conservadora, só afasta ainda mais da Igreja pessoas que cada vez se sentem menos identificadas com a sua religião, porque a consideram afastada do seu dia-a-dia, quando deveria ocorrer o contrário...

E com tudo isso continuas a afirmar-te católico??

Sou católico e continuarei a ser, porque considero que o catolicismo, enquanto religião, tem mais qualidades que as outras. Claro que, tal como há benfiquistas que não concordam com o que diz o seu presidente e não deixam de ser benfiquistas... ...

E porque há sempre estes...

notícias

E ainda há quem diga que não há notícias animadoras...

O Público de hoje diz isto:
«Escuta telefónica feita em Fevereiro de 2005 envolve José Sócrates no caso Freeport
"Vão mas é chatear o Sócrates porque ele é que recebeu os 500 mil." A frase, interceptada numa escuta telefónica de 17 minutos [...]»


Pá, isto anima!! A mim, pelo menos, anima!

o sal da vida e a mini da sagres

Ao que parece decidiram regulamentar a quantidade de sal no pão.
Eu gosto de pão com sal; gosto daquela manteiga dos Açores, com sal; gosto de café; gosto de uma boa feijoada; gosto de petiscos com os amigos (de quase todos os petiscos); enfim, gosto de uma série de coisas que o meu médico - com o seu ar sabedor, destas coisas da saúde - costuma agradecer que eu coma, pois tem garantidas as visitas da minha parte!

A ideia de regulamentar estas coisas mete-me um bocado de medo...
É que se por um lado é bom que tratem da nossa saúde por nós, já que nem temos juízo para o fazermos nós mesmos (a lei já o faz, quando nos obriga a usar o cinto de segurança ou capacete, cuja não utilização apenas a nós prejudica - exceptuando, obviamente, quem tem de raspar os nossos miolos do asfalto) e isto pode levar, imagine-se, a que um dia se reduza o nivel de nicotina no tabaco,

por outro lado,
arriscamos a que qualquer dia, um governo mais louco e autocrático, decida cometer a heresia de mexer na receita da mini da Sagres*!!
Se eles se atrevem a mexer na mini...
Ai se eles se atrevem... ...

E.F. - Já agora, alguém sabe dizer-me quanto de sal têm os pacotes de Ruffles* (é que às vezes tenho vontade de lavar as batatas) e, por falar em Sagres*, aqueles amendoins que se vendem em pacotitos, quanto de sal têm? Mas como a culpa é do pão, ainda bem que não acompanho a mini com pão... Livra, ainda me salgava todo!!