para pensar, agora que é Natal
alerta, alerta... amarelo!
nostalgia(s)
Por mim marcava já o meu lugar!
Escusado será dizer que os Censurados marcaram um belo momento da minha vida! Estava eu a chegar ao 10º ano (pois, foi há uns tempos), quando me chegou uma cassete pirata e mal gravada desta banda de punk-rock português... Na altura o som era mesmo à frente, e a cassete rodou, e rodou, e rodou...
A malta tocava Censurados, a malta cantava Censurados, enfim a malta vibrava com os Censurados.
A seguir vieram os Mata-Ratos com o Rock Radioactivo e a loucura continuou, para infelicidade da minha mãe, que tinha que gramar comigo a cantar aquilo todo o dia!
Agora encontrei esta petição e não consegui ficar indiferente... Acho que se eu governasse uma rádio-nostalgia-qualquer, passaria muitas destas músicas! Aqui fica um cheirinho.
ah, valentes!
Tenho andado cá com uma inquietação desde 6ª feira...
É que parece que duas viaturas oficiais do Estado (a do Secretário Geral do Sistema de Segurança Interna e a do Presidente da Assembleia da República) chocaram na Avenida da Liberdade.
Parece também que seguiam um bocadinho acima dos limites de velocidade impostos por lei e em marcha de urgência, sem motivo aparente, porque... Bem, porque são viaturas do Estado, logo podem!
Apetece-me ver a estória assim:
- Pai acelera - diz o puto, no banco de trás -, liga os quatro piscas e dizemos que estás em marcha de urgência...
- Não pode ser filho - responde o pai - achas que estamos num carro do Estado ou quê?!
- Mas - interroga a criança - os carros do Estado não seguem a mesma lei que nós?
- Um dia vais crescer e deixar de ser ingénuo... Um dia...
Há um período de silêncio.
- Pai, posso ser político quando for grande? - pergunta o miúdo.
- Ah, valente!! - responde o pai.
o alegado excesso de velocidade não é referido!
Humm, será do Guaraná??
Contudo é óbvio que tenho inveja...
depeche mode - pavilhão atlântico
É o que me ocorre dizer sobre aquilo que os Depeche Mode fizeram no Pavilhão Atlântico.
Já aqui tinha dito que o novo álbum não me desiludiu, e agora é altura para dizer que o concerto muito menos!!
Já antes tinha visto esta banda, neste mesmo local... Desta vez foi ainda melhor, o que, de algum modo, me faz pensar no vinho do porto...
Cada vez melhores, com momentos de arrepiar! E as maleitas sonoras de que este pavilhão padece até sairam bem disfarçadas, muito bem disfarçadas...
vai-se andando
Foi, por isso, com grande expectativa que fui ao Casino Lisboa ver a Vai-se andando... Deram-se umas boas gargalhadas - e quem me conhece sabe que gosto de gargalhar - mas no final ficou aquele gostinho amargo do "jááá?"!
E não, infelizmente a sensação não foi de "jááá? e eu estava a gostar taaanto...", mas sim de "jááá? mas ainda não teve a piada que eu estava à espera!!!"
É que, apesar de ter um par de momentos muito, muito bem esgalhados, no geral a peça desiludiu!
Para quem estava habituado às crónicas do José Pedro Gomes na TSF, à Conversa da Treta, ao Coçar onde é preciso... Ficou aquém, bastante aquém...
rammstein - pavilhão atlântico
A expectativa era mais que muita, uma vez que a banda esteve quase para acabar há uns tempos (do último álbum nem houve tour) e sabia-se muito pouco sobre o que a banda alemã tinha preparado para nos surpreender...
Convém lembrar que foram estes senhores que, em tempos já idos, deixaram a malta de boca aberta quando o seu vocalista entrou em chamas no palco do Garage... Em tempos já idos, há muito muito tempo, ainda eu tinha cabelo!!
Mas vamos ao que interessa: o concerto de domingo!
Para variar o som no pavilhão atlântico estava mauzito. No meu entender alguém (tipo ASAE ou assim) devia proibir os espectáculos naquela sala enquanto a mesma não fosse realmente terminada de acordo com o projecto inicial!
Apesar disso, chateou-me perceber que, no último concerto que estes senhores deram neste famigerado pavilhão, o som estava bem melhor!!
Mas...
Rammstein é Rammstein!!
Em palco estes senhores (+ a sua produção) são capazes de continuar a deixar-nos boquiabertos com o espectáculo de luz, cor, fogo pirotécnico... que nos dão. Não desiludiram desta vez.
Entre os espectadores notava-se isso mesmo, além da fauna ser diversificadíssima, havia uma espectativa enorme em torno da entrada que eles iam fazer no palco e todos comentavam alguns cabos, colocados aqui e ali, em tentativas de adivinhar o que iria acontecer...
Foi muito bom!
Quem dá concertos ao vivo tem muito a aprender com aquilo que estes senhores nos trazem da Alemanha!
magna desilusão, na aula magna
Foi no concerto de Peter Murphy na aula magna, no passado dia 31 de Outubro...
A expectativa era enorme, tendo em conta:
o historial deste fabuloso ex-Bauhaus;
a forma como, em palco, está como peixe na água;
o facto de conhecer os seus concertos e saber que costumam ser muito bons...
e, principalmente,
o facto de ser na aula magna, uma sala com uma acústica brutal!!
E...
Não foi excelente!
O som estava uma treta (MESMO) e o espectáculo mais parecia um ensaio geral para o que iria ser, mais tarde, o concerto a sério! Demasiadas coisas correram mal, mas isso pode perdoar-se. O que nem sequer quero pensar em perdoar é o facto de o som ter estado tão mau.
Se não conhecesse a sala, ainda podia tentar aceitar, mas... ASSIM NÃO!
fiquei aborrecido!
monarquia(s) estacionística(s)
Temos um rei-do-estacionamento (a EMEL), que consegue ganhar legitimidade sobre qualquer lugar de estacionamento na cidade de Lisboa! Desta feita, ainda que sempre tenhamos lavado um determinado lugar de estacionamento com uma bela esfregona vileda e o tenhamos mantido sempre impecável (de tal modo que o mordomo do sonasol pudesse lá passar o seu exigente algodão), assim que estes senhores por lá passam e colocam uma máquina, o lugar passa a ser deles. Sim, isto é tudo o que eles têm que fazer: chegar ao local e espetar uma máquina no chão.
- Ah, mas não são eles que criam os lugares?
- Não, os lugares já lá estavam!!
É por isto que tenho um plano secreto (pouco secreto, entenda-se) de raptar os reis da monarquia-do-estacionamento e, através do recurso a torturas indescritíveis (como obrigá-los a assistir a compactos com a Teresa Guilherme, alternados com a Júlia Pinheiro), conseguir que assinem uma carta de alforria onde abdicam de todos os lugares de estacionamento do universo!
Ora tomem!
Que tal??
coleccionadores e edições especiais
liebe ist für alle da
"o amor é para todos" (mais ou menos) ou, "o amor anda ai para todos", ou ainda, se quisermos dar um toque português à tradução e ir além do que o original diz, "o amor quando nasce é para todos"...
É o novo dos Rammstein, e, apesar de ainda não ter estar oficialmente à venda nos locais habituais (a data de lançamento em Portugal está marcada para 19 de Outubro), quem tiver uma ligação à net e um palminho de testa já o consegue encontrar nos locais do costume!
Custa-me dizer isto, mas acabei agora de ouvir o álbum pela primeira vez e... desilude um bocado!
Não por ser mau, nada disso! Desilude porque cheira a mais do mesmo, e não há grande inovação naquilo a que nos habituámos por parte desta banda alemã.
Claro que, tal como o resto da produção desta banda, dá gozo ouvir este álbum.
Claro que, se eles mudassem muito provavelmente estaria aqui a dizer que tinham perdido a identidade e vendido a alma à indústria!
Mas a verdade é que esperava mais, até porque a ausência dos palcos assim o exigia (não houve tour do último álbum)... E os vídeos promocionais prometeram muito:
juventude(s)
Até porque sei que há já muito tempo que dizem que a "juventude está perdida"... Se fosse mesmo verdade, com esta tendência para sermos cada vez piores há mais de 4000 anos, não teríamos já batido no fundo?
Ora vejamos:
“O nosso mundo atingiu um estado crítico. As crianças já não dão ouvidos aos seus pais. O fim do mundo não pode estar muito longe.” (Sacerdote egípcio, 2000 a.C.)
“Esta juventude está podre no fundo do coração. Os jovens são maus e preguiçosos. Nunca serão como a juventude de outros tempos. Os de hoje não serão capazes de manter a nossa cultura.”(Inscrição em cerâmica encontrada nas ruínas de Babilónia, 2000 a.C.)
“Não tenho nenhuma esperança quanto ao futuro do nosso país, se a juventude de hoje tomar o poder amanhã, porque esta juventude é insuportável, sem comedimento, simplesmente terrível.” (Hesíodo, 720 a.C.)
Portanto dificilmente a juventude estará "perdida". O que se passa é que enquanto houver gerações diferentes, haverá o chamado "choque de gerações", que, obviamente, não é diferente do que se passou com os macaquitos que lavavam tubérculos...
Claro que depois olho para a moda das calças-abaixo-do-rego-do-cu e penso... Bem, a juventude pode não estar perdida... Mas, mais cedo ou mais tarde, vão perder as calças!!
rammstein... back!
gritarias
Se debate supõe troca de ideias, aquilo sim, foi um exemplo... Um MAU exemplo!
Assistiu-se a uma discussão (no dicionário, o termo adequado deve ser 'peixeirada') acesa entre os candidatos na qual estes não se imiscuíram de gritar, atropelar, interromper, desrespeitar, enfim, gostei imenso!
Só não sei se posso chamar 'debate' ao que ali se passou...
Pareceu-me uma gritaria dogmática!
E.F. - um dogma é algo que consideramos verdadeiro acima de qualquer contestação, ou que nos recusamos a debater... Mais ou menos o que cada um dos candidatos defendeu, o SEU dogma, perfeito, incontestável, irrefutável...
música?
Só me ocorre isto:
É música de m****!!
inglourious basterds
Depois de uma ausência que, aqueles que GOSTAM deste tipo de cinema, sentiram como demasiado longa (porque esses sentem sempre), e depois de uma experiência pelo mundo das homenagens (com Death Proof), o Sr. Tarrantino está de volta.
Mais não conto! Mas aconselho... isso sim.
É uma delícia!
inevitável
os ponteiros da vida
mergulhando os olhos
no mar de água fria
conspirações
Principalmente porque este Paul nunca me convenceu e quando o ouvi cantar aquela cena dos sapos (acho que se chamava We All Stand Together) pensei "aqui há gato", ou sapo, ou o que for, mas talento(?)... nããã!!
previsões
A ver se me engano!
ah, bons tempos...
Agora anunciam um álbum intitulado: O fim dos Cebola Mol
Nas palavras do grande Eddie Stardust (Eduardo Madeira): "Podemos lançar outros a seguir, mas este é o último. Já está despachado."
Já para Phil Stardust (Filipe Homem Fonseca): "Não sei explicar porque é que as pessoas ficam contentes a ouvir as nossas ‘quase-músicas’".
Aqui fica, para matar saudades...
ainda pulsa...
Ninguém esperava que o homem que pretendia ficar para sempre jovem deixasse este mundo precisamente no momento em que se preparava para voltar aos palcos. Quer se gostasse ou não do tipo de música que este senhor fazia (sinceramente nunca fui grande fã, apesar de gostar de algumas músicas), convenhamos que era "um artista"... dos verdadeiros! Passou grande parte da sua vida a proteger o seu corpo de quaisquer agressões exteriores, como se o corpo fosse tudo e, ao mesmo tempo, tão pouco... e... no final, o corpo falhou!
Não faço apologias dos mortos, nem tenho o hábito de andar por aí a dizer, assim que alguém morre: "ah, e tal, este era muito bom" (porque temos esta tendência parva para dar mais valor aos mortos que aos vivos)...
Mas
É claro que se ouvirmos uma daquelas músicas de Michael Jackson que deixa em nós um sorriso (sim, ele também tem disso), sentimos que... ainda mexe!
Apetece lembrar uma já velhinha, dos Titãs, com o mítico Arnaldo Antunes. É que... o pulso ainda pulsa... e o corpo ainda é pouco!
mais coisas online
petição online
Assino com um sorriso no rosto, apesar dos erros de português do texto da petição e de saber que estas coisas valem pouco mais que nada!
Pelo regresso dos míticos Manowar a Portugal!!
Agora um par de malucos-do-metal decidiu criar esta petição. Assino (apesar de ser para o Porto e de discordar do tom desta malta que se considera sempre posta de lado), nem que seja só pelo sorriso que isso provoca em mim... Oh, saudade!!
este mexeu lá dentro, e teve que vir para aqui
Acho que é para dedicar àqueles que, estoicamente, participam em campanhas nas quais não recebem o que quer que seja (excepto a sensação de dever cumprido), mas, independentemente de tudo o resto, continuam a fazer a sua parte!
ai o português, o português...
Parece que a coisa correu sem grandes sobressaltos pelo país fora. Ainda bem!
De acordo com uma notícia do Público, ontem, vésperas do exame de Português, aquele-que-ocupa-o-cargo-de-primeiro-ministro demonstrou mais uma vez que o estudo não tem sido o seu forte e... confundiu maioria absoluta com maioria parlamentar, dizendo que eram a mesma coisa.
Claro que não é obrigatório que um senhor cujo percurso académico é... o que é (!), seja obrigado a ser um mestre da língua portuguesa, mas pelo menos convém que saiba aquilo que com ele se relaciona directamente, pelo menos para saber o que pede à malta!
Ah, que saudades do Sócrates grego...
exames... espero que não se note!
Felizmente isto acontece na escola onde lecciono.
Infelizmente, isto não acontece no resto do país, e é por essa razão que espero que não se note, nos resultados destes exames, a quantidade de experiências que este ano se lembraram de fazer no ensino! No ano passado, a coisa resolveu-se com um exame de matemática... como dizê-lo... acessível (!), o que dá origem a uma bela peneira, com ornamentos pintados a ouro que, por um momento, até parece que tapa o sol... por um momento!
Bem, espero que não se note... muito!
a lei da morte
para dedicar
sociabilidade insociável
bela vista
No ano em que dei aulas em Setúbal (2000/2001), estive no bairro da Bela Vista duas vezes. Na primeira vez andávamos perdidos (eu e o meu colega, um grande amigo…) e à procura daquela que seria a nossa casa para esse ano. Perdemo-nos e acabámos num bairro onde decidimos parar para pedir informações. Quando olhamos para o carro estacionado ao nosso lado, reparámos que estava carregado de pequenos buracos redondos. Balas! A seguir percebemos que à nossa volta havia uma série de olhares que nos fixavam sem medo. Saímos dali assim que possível, porque não nos sentíamos bem.
Ouvi muitas vezes falar no bairro da Bela Vista, do tráfico de drogas que lá havia, da quantidade de armas que por lá andavam, de como nós, novos na zona, não queríamos ter problemas com a malta lá do bairro…
Na semana que passou voltei a ouvir falar do bairro da Bela Vista e não foi pelas melhores razões, outra vez! Ao que parece a polícia (ou a bófia, ou como for) alvejou uma pobre criança que disparava contra eles… Depois começou a violência, contra a polícia… Como se estivéssemos de regresso àquele velho oeste do ‘olho por olho’…!
A seguir começaram a levantar-se as vozes de sempre: “ah, e tal que a exclusão social isto e aquilo”; “ah, que este tipo de problemas é de muito difícil solução”. No fim veio o argumento de que mais gostei, porque parvo: “ah, que a polícia não pode agir desta forma e disparar contra as crianças…”
Como??
“Ah, que a polícia não pode agir desta forma e disparar contra as crianças…”
Como??
Depois desta alarvidade mágica é inevitável imaginarmos a solução alternativa (apesar de, em termos lógicos, correr o risco de criar um raciocínio falacioso): ora se a polícia não pode responder quando lhes disparam, resta-lhes a hipótese de levar tiros destas…, “crianças” de arma em punho! Mas por outro lado, se assim é, para que raio serve a polícia? Para o tiro ao alvo desta malta?
Há já uns tempos que penso que as políticas sociais que temos vindo a seguir estão desajustadas, mas é mais do que certo que não é a incendiar os carros dos outros, nem a apedrejar os bombeiros, que trazemos justiça social ao país!
crise?? onde?
back on stage...
<
críticos contrafactuais
ilusões & desilusões
Esperava uma coisa noutra ordem, e afinal é apenas um álbum de The Gift, o que não é mau, mas sabe a pouco, para o que parecia prometer!
a qualidade e o gosto
princípio de Peter
compaixão
pequeno nada (4)
... ...
Porque, no passeio que faz pela(s) odisseia(s) humana(s), nos mostra, ao mesmo tempo, aquela nossa face que olhamos com uma saudade desmedida, talvez porque é, de facto, a saudade daquilo que nunca tivemos... E, da forma como caminhamos, talvez nunca venhamos a ter!
vídeos
Primeira versão de Mad World (dos Tears for Fears), e duas covers que escolhi, a primeira porque gosto da cover, a segunda porque gosto do vídeo. No fim, a versão actual, dos Tears for Fears, outra vez.
A cover do Gary Jules (mesmo boa)
A cover de Sara Hickman (vídeo giro)
Nunca me passou pela cabeça que um dia iria ter aqui uma música desta banda (ainda por cima numa data de versões), mas agora já está!
apetece-me dizer
O Papa voltou a exprimir a posição oficial da Igreja face ao uso do preservativo.
Qual é o problema?
Fê-lo num país assolado pelas DST's e onde propor a abstinência sexual como forma de prevenção é, claramente, o mesmo que olhar para o lado relativamente a uma realidade que se nos impõe a cada momento!
Qual é o problema?
O resultado prático mais provável é que as pessoas não usem o preservativo, nem se abstenham, e façam o que sempre fizeram com todas as implicações que isso continua a ter em termos de saúde...
Sim, mas qual é o problema?
O problema é que este tipo de atitude, demasiado conservadora, só afasta ainda mais da Igreja pessoas que cada vez se sentem menos identificadas com a sua religião, porque a consideram afastada do seu dia-a-dia, quando deveria ocorrer o contrário...
E com tudo isso continuas a afirmar-te católico??
Sou católico e continuarei a ser, porque considero que o catolicismo, enquanto religião, tem mais qualidades que as outras. Claro que, tal como há benfiquistas que não concordam com o que diz o seu presidente e não deixam de ser benfiquistas... ...
E porque há sempre estes...notícias
Pá, isto anima!! A mim, pelo menos, anima!