ah e tal, que odeio o Halloween

Há uma série de gente que odeia o Halloween porque se trata de uma tradição importada. Eu não.

Sinceramente não vejo mal nas tradições importadas. Sempre fomos campeões a importar. Copiamos, perdão, importamos músicas, importamos modelos de programas de tv, importamos séries e novelas, importamos bandas musicais… Até tentamos importar modelos educativos (aparentemente aqui não temos tido muito sucesso)!

Também importámos o carnaval-com-samba; importámos o Pai Natal, importámos os ovos da páscoa (a cena de haver um coelho que põe ovos sempre me soou a sado-maso ou assim…), Enfim, importámos!

Há uns dias li numa rede social qualquer que o Halloween tem tanto de tradição em Portugal como o cozido à portuguesa acompanhado de tinto alentejano tem nos EUA. Sim, é verdade, os americanos ainda não descobriram o cozido nem a feijoada à transmontana, mas é bom que quem diz isto nunca tenha mamado um Big Mac com Flurry de M&M’s à sobremesa!

Deixemo-nos de tretas. Somos um país de imitadores. A generalidade dos programas que vemos na TV são comprados a outras estações. O Shakespeare deve estar fartinho de dar triplos-mortais-encarpados-à-retaguarda na tumba, de cada vez que uma novela portuguesa (re)cria mais uma vez a história dos dois jovens apaixonados oriundos de famílias rivais!

Agora o Halloween é que paga?

Atenção, eu também acho esta cena da mania-que-somos-todos-mortos-vivos, bruxas e vampiros uma parvoíce pegada. Isso e estragar abóboras-que-davam-uma-bela-compota… Mas eu não odeio o Halloween por ser uma festa pagã importada. Estou-me nas tintas para isso!

Eu odeio o Halloween porque o Halloween é parvo. Assim como o Carnaval (com ou sem samba) é parvo – exceção feita à cena dos cabeçudos de Torres Vedras, porque é um dos meus sonhos de criança usar uma coisa daquelas – e assim como a ideia de haver um coelho que põe ovos na páscoa é parva. São coisas parvas, porque são coisas parvas (belo argumento)!

O argumento não é bom, mas desde quando é preciso um bom argumento para dizer que é parvo andarmos todos armados em vampiros, mortos-vivos, bruxas, matrafonas, moças-que-sambam-com-chuva, ou pessoas-que-comem-ovos-de-chocolate-postos-por-coelhos? Isso é parvo. Ponto.

futurologia(s)

PPC foi indigitado primeiro-ministro, apesar de toda a celeuma e dos “partidos-à-esquerda” andarem a falar (ou a tratar) de “acordos de governação”.
Agora há quem diga que a indigitação de PPC não passa de uma perda de tempo porque o governo não passará o crivo do parlamento, já que a oposição repudiará em massa o que vier da PàF.
Assim de repente, lembro-me de um orçamento que ficou conhecido como o “orçamento do queijo limiano”, aprovado por uma minoria parlamentar e mais um, o deputado Daniel Campelo, que trocou o seu voto pela promessa de alguns benefícios para a região de Ponte de Lima. Parece-me agora bem plausível que o mesmo venha a acontecer e que o governo da PàF siga em frente e continue a fazê-lo ao longo da legislatura, negociando votos aqui e ali e conseguindo aprovações de queijo em queijo... 

Infelizmente, nos dias que correm já é difícil não acreditar que há políticos que se vendem ou eu vendem os seus votos troca por um qualquer benefício! 
É que nisto da política, como no futebol, a fruta e os almoços têm uma grande tendência para ser “quem mais ordena”…