chamemos-lhe... casamento!


Vai para dois anos, decidi casar. Deu-me para isso, pronto! Fi-lo quando quis e com quem quis (mai nada!)...

Agora andam por aí a falar em deixar (porque é de deixar que se trata) que pessoas do mesmo género casem. E, claro, levantam-se as vozes de quem não concorda... Ok, que se faz quando não concordamos? Dizemo-lo, claramente! Mas uma coisa é EU querer casar com uma pessoa de um género diferente do meu (porque gosto dela e pronto), e outra é querer que todos OS OUTROS gostem do mesmo que eu!!

Claro que não quero com isto dizer que a Igreja (ai ai) tenha que dizer, "ah e tal nós achamos muito bem". Pelo contrário. Na Igreja são celebrados casamentos de duas pessoas que professam a mesma forma de fé e que, como é óbvio, sentem que faz sentido contrair o matrimónio ali e daquele modo, não só com uma dimensão civil e contratual, mas num momento sagrado no qual Deus tem um papel importante (foi o meu caso)!
Como é óbvio, o casamento civil não entra aqui... Ou não seria civil... Mas isso não impede que todos (incluindo a Igreja) possam dizer o que pensam (mas é lógico que isto não pode equivaler a querer mudar a forma de acção de cada um)...


Agora outra coisa.
Numa reportagem qualquer para um canal qualquer perguntaram, a quem passava na rua (onde tudo acontece) o que pensavam sobre o casamento entre pessoas do mesmo género.

De entre várias respostas mais ou menos alarves, ouvi um argumento fantástico (porque parvo): "devia usar-se um outro termo, no lugar de casamento".
Humm
Não consigo deixar de pensar sobre isto... E chamava-se o quê? Carapaus de escabeche??

pearl diving

Nos dicionários aparece frequentemente o termo 'pearl diving' associado à pesca de pérolas, mas já é altura de sugerir uma aplicação diferente.
É que os índios (de que o Steinbeck se farta de falar) que faziam isto são cada vez menos e estão em vias de extinção, enquanto a nova forma de 'pearl diving' está em franca espansão...
Assim:
Pearl diving é aquele mergulho que damos quando tocamos uma pívia numa piscina e tentamos apanhar o sémen que lentamente se dirige para o fundo!

politicacionismos

Às vezes (que não são tantas como isso) a política tem coisas giras...
O Presidente da República recusa-se a comentar o caso Freeport - está no seu direito. Em democracia cada um apenas comenta o que lhe dá na gana!
O que estranha não é, por isso, que o PR não comente, o que estranha é que não possa dizer "não comento porque não me apetece" ou "só comento se eu quiser", ou ainda "não podes obrigar-me a comentar" (enquanto mostra a língua ou mastiga bolo-rei)... Em vez de dizer algo deste género, o PR disse "Hoje estamos aqui num torneio de Golf, não se tratam de assuntos de Estado, podemos assim dizer".
Humm.
1) Estou demasiado ocupado a assistir a um torneio de golf, para pôr-me agora a comentar isso??? Será isto??
2) Desde quando isto é um "assunto de Estado"? Não é uma questão de justiça e tribunais e tal??
E o pior é que era tão fácil...
Era só dizer, num bom algarvio: "nã me fégues com iss déb! Tál tá o rái do môss! Móss, deslárga-me da mão!"