religião... ai!!


“O governo do presidente Ahmadinejad apresentou no Majlis (parlamento) iraniano um projecto de lei que prevê a pena de morte para os apóstatas do islão (…). Além disso, o documento prevê penas graves para quem publique textos em blogues na internet a promover ou defender a renúncia ao islão, corrupção ou prostituição. Se for aprovado, as penas incluem amputação de mãos e o exílio”
Fonte: Sábado, 13 de Agosto de 2008

Arriscando a amputação das minhas próprias mãos, aqui vai:

A dada altura é o Corão que diz algo deste género: “não há compulsão em religião”.

No mesmo sentido, Mohammad Ali Abtahi (antigo vice-presidente do Irão e clérigo) diz: “se impusermos a religião às pessoas, isso torná-las-á menos religiosas e não o contrário.

Com tudo isto, surge no Irão um filme intitulado “Jesus, o Espírito de Deus”, onde Jesus é olhado como um mero profeta, não morre na cruz nem é crucificado. Dizem eles que é um filme que tem o objectivo de promover o diálogo entre cristãos e muçulmanos…

Diálogo? Arriscando as mãos??

As questões de liberdade religiosa são tendencialmente consideradas como estando ultrapassadas ou parte de um passado longínquo, no entanto, continuam a ser demasiado frequentes os casos de pessoas que são preteridas em entrevistas de emprego porque – crime dos crimes – são católicas!

Quando raio iremos olhar para os nossos livros sagrados como deve ser??
Este suposto diálogo traz à memória as regras do futebol das crianças… “Ou jogamos como eu quero, ou não há jogo, vou embora e levo a bola para casa”.

amigos & apoios

Esta é a segunda vez que falo sobre este tema aqui (e quando comecei com isto achei que não ia falar nem uma)! Enfim, as circunstâncias… as circunstâncias mais as recordações (que não as da casa amarela)…

Há uma ideia muito – talvez demasiado – generalizada principalmente entre o sexo feminino – sim, porque as gajas pensam diferente e não há como fugir a isso.

Mas, dizia eu, há uma ideia generalizada principalmente entre o sexo feminino segundo a qual o amigo é aquele desgraçado que nos apoia incondicionalmente… Não posso concordar em pleno, principalmente porque esta ideia de apoio incondicional está associada àquele sentimento de que o amigo não precisa de compreender para apoiar… e espera-se apoio mesmo quando não são explicadas as razões.

Coisa tola!

O amigo não apoia assim. O amigo apoia incondicionalmente, sim, mas de um modo especial.

O amigo diz: “Ok, sei, e tu também sabes, que estás a fazer mer**… mas podes contar comigo! Mas é mer** e estás errado(a)… Mas conta comigo!

Isto sim, é amizade sincera.

E.F. (Esclarecimento Final – porque não andam a apetecer-me P.S.’s… coisa governamental): Esta veio a propósito do que vejo nalgumas senhoras que procuram que os amigos sejam cúmplices mas não amigos verdadeiros. Cúmplices dos que apoiam, não amigos dos que conhecem e… raios… dizem o que pensam.

E o melhor é que no final, e bem feitas as continhas, todos dizem: “ah, eu conheço esses casos… mas não sou um deles; eu prefiro sempre que me digam o que pensam, ainda que me custe a ouvir…”. Depois dizemos o que pensamos e… ficam chateadas!!

Rás-parta!

(2) primeira vez...

Quando somos novatos fazemos as coisas ao acaso… sem muito método; respondemos ao impulso… Depois vamos aprendendo com a asneirada que fazemos e melhoramos (para todos os outros pioramos)…

A minha primeira vez foi uma asneirada!

Na minha primeira vez respondi a um impulso.

Na minha primeira vez não pensei bem, nas coisas… e pensei pouco durante…

Na minha primeira vez usei uma faca de cozinha! Nunca se deve usar uma faca de cozinha.

A oportunidade não surgiu ao acaso. Dei-me ao trabalho de ver por onde passava; a que horas; com quem; qual era o melhor local… Fiz o trabalho de casa!

Sabia que ia tremer – a adrenalina faz isso – por isso ataquei pelas costas. Se queremos que a coisa corra bem procuramos enfiar a faca na zona das cartilagens costais ou entre a oitava e a décima costelas de modo a ter mais facilidade em perfurar o pulmão. Assim ela nunca vai conseguir gritar nem reagir com força suficiente para representar qualquer ameaça à realização do trabalho – nem que seja um bisonte!

Atacamos pelas costas à procura do pulmão e… nunca usamos uma faca de cozinha! O ataque tem de ser forte. Um só golpe, mas forte, porque o primeiro golpe vale a diferença entre ela conseguir gritar ou, pior ainda, retaliar, e acabamos todos sujos e com o risco de deixar o trabalho a meio.

Para o primeiro golpe, puxar bem a mão atrás e atirá-la com o máximo de força para a zona das cartilagens costais. O ataque tem mesmo de ser forte, para não arriscar ficar com a faca encalhada no osso… mas nunca deve ser feito com uma faca de cozinha.

A faca a usar deve ser uma Tramontina Comander II (ou algo do género, como a do Rambo) – parece ser um lugar-comum, mas faz toda a diferença – e deve ter aquela protecção entre a lâmina e a pega. Essa protecção representa a diferença entre jogar pelo seguro e ser um amador da treta. Essa protecção representa a diferença entre um trabalho bem feito e o risco de apanhar um osso e deixar a faca escorregar. No meu caso acabei com metade da lâmina no pulmão e a outra metade a servir de escorrega para a minha mão.

Um corte que vai quase até ao osso explica-se no emprego dizendo que foi feito com a faca do pão (as pessoas raramente querem ouvir pormenores).

Foi a minha primeira vez.

Nunca mais usei uma faca de cozinha.

Harém e Harim


Contaram-me a história de que, algures no mundo árabe, um senhor de algumas mulheres se chateou um dia com a insolência de uma das odaliscas do seu harém, enfiou a rapariga numa destas gaiolas durante um par de dias sem água nem comida e, como por magia, quando voltou a abrir a gaiola ela vinha obediente como nunca (e ainda há quem diga que as tratamos mal, eheh)…

Depois de uma estadia breve no mundo de Alá, chego à conclusão de que nas relações entre cristãos e muçulmanos sempre se perdeu, nas diferenças linguísticas, mais do que se julga.

Em árabe a palavra Harém designa o que é proibido, ou seja, para um muçulmano, o álcool (que infelicidade), a droga (…) e o sangue…
Já a palavra Harim serve para referir o conjunto das odaliscas (mulheres bonitas) que alguns homens tinham (após prova de que podiam sustentá-las – a vários níveis, entenda-se).
Deu-se a confusão, chamámos Harém (o que é proibido) ao Harim (festarola de gajas) e vai a ver-se e conseguimos proibir o Harim!!