Harém e Harim


Contaram-me a história de que, algures no mundo árabe, um senhor de algumas mulheres se chateou um dia com a insolência de uma das odaliscas do seu harém, enfiou a rapariga numa destas gaiolas durante um par de dias sem água nem comida e, como por magia, quando voltou a abrir a gaiola ela vinha obediente como nunca (e ainda há quem diga que as tratamos mal, eheh)…

Depois de uma estadia breve no mundo de Alá, chego à conclusão de que nas relações entre cristãos e muçulmanos sempre se perdeu, nas diferenças linguísticas, mais do que se julga.

Em árabe a palavra Harém designa o que é proibido, ou seja, para um muçulmano, o álcool (que infelicidade), a droga (…) e o sangue…
Já a palavra Harim serve para referir o conjunto das odaliscas (mulheres bonitas) que alguns homens tinham (após prova de que podiam sustentá-las – a vários níveis, entenda-se).
Deu-se a confusão, chamámos Harém (o que é proibido) ao Harim (festarola de gajas) e vai a ver-se e conseguimos proibir o Harim!!

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