exames... espero que não se note!

O Público de hoje apresenta uma notícia com o título: "alunos enfrentam os exames num dos anos mais agitados nas escolas do país". Sinceramente, espero que não se note, pois há sem dúvida uma factura a pagar por um ano de instabilidade e descontentamento face à série de experiências (sim, porque é de experiências que se trata: a experiência de um regime de faltas que não lembra ao chifrudo; a experiência de um regime de avaliação da docência em função de critérios (quais?) no mínimo duvidosos, enfim... experiências) levadas a cabo pelo Ministério da Educação (ou mistério da educação). O que aborrece é que, como qualquer corrente tende a quebrar pelo elo mais fraco, quem acaba por pagar estas facturas são aqueles que menos têm culpa do desnorte que caracterizou este ano lectivo: os alunos!
Felizmente trabalho numa escola que (por ser privada) consegue manter-se mais ou menos alheada deste clima de instabilidade e, ao longo do ano, proporcionar aos seus alunos um ambiente de trabalho que, neste momento, lhes permita fazer face aos exames nacionais com algum optimismo.

Felizmente isto acontece na escola onde lecciono.


Infelizmente, isto não acontece no resto do país, e é por essa razão que espero que não se note, nos resultados destes exames, a quantidade de experiências que este ano se lembraram de fazer no ensino! No ano passado, a coisa resolveu-se com um exame de matemática... como dizê-lo... acessível (!), o que dá origem a uma bela peneira, com ornamentos pintados a ouro que, por um momento, até parece que tapa o sol... por um momento!

Bem, espero que não se note... muito!

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