Há uns dias, indignado, citei aqui uma notícia de acordo com a qual uns pais haviam violado os próprios filhos e obrigado os mesmos a terem relações sexuais entre si.
Agora este caso teve um revés e parece que os exames médicos realizados desmentem a versão dos jovens...
É um caso que vale a pena continuar a seguir, pelo menos no intuito de perceber o que levou os jovens a fazer este tipo de acusação.
A notícia pode ser lida aqui (com um agradecimento ao Herberto por a ter encontrado).
Exames médico-legais mostram que crianças não foram violadas
Pais e filhos vão agora ser sujeitos a perícias psicológicas. Pai está detido
O casal e os três filhos menores, com quem alegadamente, faziam sexo em grupo vão ser todos submetidos a exames psiquiátricos. Isto porque os exames periciais feitos às crianças no Instituto de Medicina Legal revelaram a ausência de indícios de violação.
Os três irmãos, uma menina com nove anos e dois rapazes de 11 e 14 anos, foram anteontem ouvidos pelo juiz de instrução do Tribunal de Vila do Conde. No final, já perto das 20.00, o juiz Pedro Miguel Vieira falou com os advogados dos dois acusados (o pai está detido em Custóias e a mãe em liberdade com apresentações diárias à polícia) e não disfarçou a consternação.
Os menores insistem que foram violados. Afirmaram ao juiz que em casa viam filmes pornográficos com os pais, que brincavam aos maridos e às mulheres e descreveram aquilo que os pais negam. Pelo menos um dos rapazes revelou ter sido violado pelo pai. O relatório do exame pericial, desmente, no entanto, a versão das crianças.
Segundo o DN apurou, a menina de nove anos é virgem e tem o hímen intacto. Os irmãos não apresentam lesões no ânus, a não ser um que apresenta uma pequena fissura, compatível com o esforço em caso de prisão de ventre.
Perante este cenário, todo o agregado será sujeito a exames psicológicos, no sentido de se apurar eventuais mentiras nos depoimentos. Recorde-se que tanto os pais como os três filhos têm baixa formação escolar. O casal abandonou a escola no segundo ano do ensino básico e as crianças têm dificuldades de aprendizagem.
O caso foi desencadeado no dia 29 de Abril pela professora da menor, a quem a rapariga terá contado que gostava de fazer sexo e que o fazia com os pais e os irmãos. As crianças foram institucionalizadas. O pai está preso preventivamente em Custóias e a mãe permanece em casa, na freguesia de Retorta, Vila do Conde, proibida de contactar com os filhos.
Fonte: Diário de Notícias, 14 de Maio de 2010
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